Parece que a pandemia causou estragos mais sérios apenas no começo, lá por março. Os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Indicador de Antecedente de Emprego (AIEmp), mostram que houve uma melhora no mercado de trabalho em agosto. O indicador, que foi criado com a intenção de antecipar os rumos do mercado de trabalho, saltou 8,8 pontos em agosto, para 74,7 pontos – que é o maior patamar desde março, quando registrou incríveis 82,6 pontos. Desde então, os números foram piorando até agora, quando tivemos esta elevação.
Isso significa que o pior momento do mercado de trabalho realmente ficou no susto do COVID-19, nos primeiros meses da pandemia. A recuperação, mesmo que em apenas dois terços do que foi perdido durante a crise, indica que a recuperação pode desacelerar nos próximos meses justamente pelo insistente alto nível de incerteza somado com a proximidade do término dos programas de auxílio do governo, o famoso R$ 600.
Alinhado com essa melhora temos o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho. Houve uma perda de 0,8 ponto em agosto, quando chegou em 96,4 pontos – e como o ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, quanto menor o número, melhor será o resultado.
Por outro lado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados indicadores de que encerramos o segundo trimestre com a maior taxa de desemprego dos últimos três anos, além da redução recorde no número de pessoas ocupadas. Tudo fruto da pandemia, que deixou o saldo de 12,8 milhões de desempregados nestes últimos meses.
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