Após anos de estudos, a formatura é um momento de celebração e alívio para muitos estudantes. No entanto, para alguns, esse período pode ser marcado por uma crise existencial, com dúvidas sobre o futuro profissional e o caminho a seguir. Mais ainda: como conseguir o primeiro emprego?
Para Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA, é normal que, após a formatura, muitos jovens se sintam perdidos após anos de dedicação aos estudos. O desafio de começar a trabalhar e construir uma carreira realmente não é fácil:
“Um dos principais fatores é a expectativa irreal sobre o mercado de trabalho e o que esperar de uma carreira, que pode, realmente, trazer frustrações e desmotivar qualquer ex-universitário. Se a formatura é um momento de transição, em que as pessoas precisam tomar decisões importantes sobre o futuro profissional, este momento pode gerar dúvidas e incertezas”.
A especialista afirma não haver uma fórmula mágica para lidar com este momento de crise pós-formatura, mas existem atitudes e posturas que vão ajudar na transição, como analisar e refletir sobre quais são os interesses envolvidos e habilidades adquiridas:
“Vale se questionar seu objetivo ao começar uma carreira. Existem tantas opções que é preciso pesquisar todas elas. Um veterinário recém-formado pode não se encantar com um futuro trabalhando com animais domésticos, mas pode se realizar com animais em fazenda, por exemplo. Na mesma profissão existem diversos caminhos a serem seguidos”
Fale com quem já está na área
Conversar com quem passou pela mesma situação é válido. O maior problema é que muitos universitários acham que este problema acontece apenas com ele e nessas conversas vai descobrir que a situação é mais comum do que parece:
“Ao procurar emprego, muitos questionamentos vão surgir e não serão exatamente sobre as habilidades, mas sobre o gosto por determinado trabalho ou empresa. Lembrar sempre que pode acontecer destes novos profissionais escolherem uma empresa que não atenda as expectativas. É normal, mas nem sempre o primeiro trabalho será o único”.
Outra recomendação da especialista é conversar com os próprios professores. Por acompanharem os alunos durante muito tempo, os professores conseguem indicar o melhor caminho:
“Geralmente os professores atuam ou já trabalharam na área, sabem como funciona o mercado de trabalho e podem orientar quais caminhos seguir. É uma fonte de orientação de ouro que entende tanto das características dos alunos quanto do que o mercado está procurando” finaliza a especialista.