Taxa de desemprego cai e fim de ano pode ter números ainda melhores

A recente queda do desemprego em julho, com a taxa recuando pela quinta vez consecutiva, revelou um mercado de trabalho que insiste em ficar aquecido pela recuperação de uma demanda estagnada por quase dois anos de pandemia. A taxa de desemprego ficou em 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho de 2022, resultado abaixo de julho de 2021 (13,7%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta dia 31 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Eliane Caetano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, o emprego no Brasil deve seguir este ritmo de melhora em seus números nos próximos meses:

“Este cenário é fruto da melhoria do mercado de trabalho, com mais pessoas procurando emprego e expansão da ocupação quanto da PEA [população economicamente ativa), composta por quem está empregado e por quem procura emprego. O mercado de trabalho está mais dinâmico e os trabalhos de fim de ano devem ajudar a impulsionar estes números.”

Setores em alta
De acordo com o IBGE, a queda do desemprego se deve pelas atividades de comércio e reparação de veículos e motocicletas (cujo aumento foi de 3,7% no número de empregados) e de administração pública, defesa, educação, saúde e serviços sociais (cuja alta alcançou 3,9%).

Catalano explica que a taxa de desemprego deve seguir em queda até o fim do ano, podendo chegar a 8,7% pela consequente recuperação econômica:

“Este efeito era esperado após dois anos de incertezas. Agora, com a população praticamente vacinada contra a COVID-19  e os negócios voltando ao patamar de produção de antes da pandemia, o consumo deve ser alavancado naturalmente. É o momento certo para procurar emprego, pela demanda forte visando a demanda aquecida do final de ano” completa Catalano.