A consultoria JLL divulgou um estudo mostrando que, em 2025, o trabalho híbrido vai ganhar mais espaço. Desde que essa modalidade de trabalho começou a ganhar força em 2020, 86% das empresas no Brasil já adotaram, em algum momento, o modelo, ou seja, com revezamento de equipes entre trabalho presencial e o home office.
A Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, Karina Pelanda analisa como positiva essa mudança e diz que há ainda espaço para muito mais empresas adotarem a prática no ano que vem:
“Em 2025, o desafio é o equilíbrio entre criar ambientes de colaboração mais eficazes, sem a temida fragmentação do bom ambiente de trabalho. Tudo precisa se basear na cultura da empresa e merece atenção dos gestores de RH.”
Para a especialista, manter a cultura da empresa em alta com ambientes híbridos precisa de resiliência, adoção de ferramentas de colaboração realmente avançadas e espaços de trabalho, presenciais e virtuais, que consigam conectar equipes:
“Essas atitudes têm um peso enorme para empresas com equipes de trabalho espalhadas em diversas cidades, principalmente para reuniões, feedbacks, treinamentos ou apresentação de novos produtos e serviços. Na verdade, existem ambientes virtuais que criam essa conexão, mas isso é apenas uma parte do processo.”
Clima organizacional está em pauta nas empresas híbridas
Além de oferecer ambientes virtuais seguros, o clima organizacional precisa ser preservado, entrando aqui na questão da cultura da empresa.
Investir em tecnologia sem considerar o impacto no ambiente de trabalho pode gerar desinteresse, tornando os funcionários insatisfeitos e desorientados na rotina. Como as chances de equipes inteiras se sentirem desorientadas nesta rotina são reais, as empresas perceberam que investir em ações que preservem a retenção de talentos é um caminho sem volta:
“Basta ver o que é praticado em uma gigante do setor de streaming que introduziu semanas de folga sem prejuízo de salário, além de outras ações em atividades que estão relacionadas à saúde de seus colaboradores. Não vai demorar muito para que mudanças como estas sejam adotadas aqui” finaliza Pelanda.