Existe uma expressão que poucos conhecem, mas muitas a praticam: etarismo! Esta palavra representa toda e qualquer discriminação em relação à capacidade de pessoas com idade avançada em tomar decisões, seja em casa, em espaços públicos ou, pior ainda, quando estão tentando exercer seus trabalhos.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) descobriu que 72% dos trabalhadores brasileiros com mais de 50 anos acreditam que a idade avançada é um obstáculo para conquistar um emprego. A visão de que os idosos são menos produtivos, menos criativos e menos adaptáveis às mudanças surge como uma barreira, mas este cenário está mudando.
Com a evolução da medicina e de hábitos saudáveis, muitos idosos seguem trabalhando plenamente nas mais diversas funções. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) agora, em 2022, cerca de 7,1 milhões de idosos estavam trabalhando no Brasil, que representa 8,1% da população idosa brasileira com idade de 65 anos ou mais.
Mercado com uma nova visão
O aumento da expectativa de vida, que faz com que os idosos tenham mais tempo para trabalhar, e a queda da taxa de natalidade, que faz com que a população economicamente ativa diminua, modificou o cenário de contratações:
“O mercado criou uma série de oportunidades para quem tem mais de 65 anos, mostrando que a valorização da experiência está mais presente” explica Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA.
A especialista reforça que, dependendo da atividade e com políticas de inclusão certas, muitas empresas estão se beneficiando ao criar oportunidades para quem tem certo grau de experiência, conferindo maturidade e segurança em seus negócios:
“É um mercado que está crescendo, basta analisar os dados da PNAD que deixa claro que 56% da população está acima dos 30 anos. No futuro bem próximo, teremos mais idosos trabalhando e as empresas já perceberam essa mudança” conclui.