8 comportamentos de quem se sente um “impostor” no trabalho

O universo pode até estar conspirando a favor da carreira: promoção, aumento de salário, novos desafios e maiores responsabilidades. Até aí tudo indo bem?

 

Nem tanto. O incômodo sentimento de ser uma fraude insiste em dar o tom do expediente de todo dia. A sensação é de total incompetência para o trabalho (ou para o estudo). O sucesso já atingido? Pura sorte. E o pior: você tem certeza de que a qualquer momento a sua máscara de “profissional brilhante” vai cair.

 

Esta sensação tem nome: “síndrome do impostor”. “Não é propriamente uma doença, mas é um padrão de comportamento que ganhou força nos últimos tempos”, explica a psicóloga e coach Bruna Lauletta, sócia da “Questão de Coaching”.

 

Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela psicóloga Gail Mathews, da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, indicou que 70% dos profissionais bem-sucedidos já se sentiram uma fraude, em maior ou menor grau.

 

Para Gail e para a psicóloga Valerie Young, autora do livro “Os pensamentos secretos das mulheres de sucesso”, a síndrome do impostor atinge principalmente mulheres.

 

Mas não é regra, segundo Bruna Lauletta. “Há também outros estudiosos que não fazem essa conexão com a questão do gênero”, diz.

O que é certo, tanto para homens quanto para mulheres, é que alguns sinais indicam que a sensação de ser um impostor prestes a ser revelado se aproxima. Confira alguns padrões comportamentais ligados à síndrome do impostor:

 

1. Perfeccionismo extremo

 

Só tem valor o que é perfeito. “Se o profissional não faz uma tarefa com perfeição, ele acredita ter fracassado”, diz Bruna.

 

2. Saber insuficiente, sempre

 

Mesmo a mais minuciosa preparação não é suficiente para o profissional. “A pessoa pode ser mestre, doutora em determinado assunto, mas nunca sente que sabe o suficiente para falar sobre o tema”, explica Bruna.

 

3. Precisar de ajuda é fracassar

 

“São pessoas que acreditam que ser competente é fazer tudo sozinho, sem ajuda de ninguém”, explica Bruna. Pedir auxílio de alguém é, para estas pessoas, atestar o próprio fracasso.

 

4. Dificuldades são para incompetentes

 

Para este profissional, ser competente é fazer tudo com muita facilidade. Encontrar dificuldades na hora de executar uma tarefa ou resolver um exercício é fracassar.

 

5. O seu sucesso é pura sorte

 

Apesar de concreto, o êxito é sempre atribuído a fatores externos: sorte ou ajuda de alguém. Esta humildade extrema é um dos sinais da síndrome do impostor. “A pessoa fica diminuindo o próprio sucesso. Não aceita elogios”, diz Bruna.

 

6. Trabalho é seu sobrenome

 

Pensando não ser competente, ele se transforma em workaholic e quando tem sucesso acredita que é apenas fruto esforço, não da sua competência. Ou seja, para “compensar” a incompetência, o profissional trabalha, trabalha, trabalha.

 

7. Autosabotagem

 

Outro comportamento ligado à síndrome do impostor é a autosabotagem, explica Bruna. Por exemplo: às vésperas de encarar um teste difícil ou uma apresentação importante no trabalho, a pessoa sai à noite, volta de madrugada, se cansa e perde a hora no dia seguinte.

 

Considera melhor falhar por “WO” do que correr o risco de fracassar pela própria incapacidade técnica. “A pessoa usa estratégias para não confirmar a sua incompetência”, diz Bruna.

 

8. A sua única habilidade é social

 

Acreditando-se inábil tecnicamente, o profissional se apoia em suas habilidades sociais. Ele confia na sua capacidade de comunicação interação e influência. “Mas não acredita no seu intelecto”, diz Bruna.

 

 

 

 

Fonte: Exame.com